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Frango cru não deve ser lavado: conheça os riscos da prática

Seja na pia ou em qualquer outro recipiente, lavar o frango favorece proliferação de bactérias e contaminação de outros alimentos Christina Voinova/Pexels Resumo Hábito pode levar à intoxicação alimentar Intoxicação alimentar ocorre devido à ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos prejudiciais, toxinas ou produtos químicos. O próprio calor já elimina bactérias Bactérias presentes…

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Seja na pia ou em qualquer outro recipiente, lavar o frango favorece proliferação de bactérias e contaminação de outros alimentos
Christina Voinova/Pexels

Resumo

Hábito pode levar à intoxicação alimentar

Intoxicação alimentar ocorre devido à ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos prejudiciais, toxinas ou produtos químicos.

O próprio calor já elimina bactérias

Bactérias presentes no frango são eliminadas pelo próprio calor durante o preparo adequado do alimento.

Lavar leva à contaminação de superfícies e alimentos

Mas, se o frango for lavado, essas bactérias se espalham junto com a água nas superfícies ao redor e contaminam outros alimentos.

Lavar o frango cru antes de cozinha-lo é uma prática muito comum para tentar remover sujidades e microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde. Mas o hábito pode acabar tendo o efeito contrário. O frango nunca deve ser lavado, nem na cuba da pia nem em qualquer outro recipiente. Isso porque a prática favorece a proliferação de microrganismos nocivos que são espalhados junto com a água nas superfícies ao redor, aumentando o risco de contaminação cruzada de outros alimentos e, consequentemente, de intoxicação alimentar. Então, é importante não lavar o frango. E não há necessidade de se preocupar com bactérias, pois elas serão eliminadas pelo calor durante o preparo adequado do alimento, diz a médica nutróloga doutora Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

Segundo a médica nutróloga, a intoxicação alimentar ocorre justamente quando uma pessoa ingere alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos prejudiciais, toxinas ou produtos químicos. Os sintomas de intoxicação alimentar podem variar dependendo do agente causador, mas geralmente incluem náuseas, vômitos e diarreia, dor abdominal, febre, mal-estar geral, com fraqueza, fadiga e dores musculares. Esses sinais podem surgir de algumas horas a alguns dias após a ingestão do alimento contaminado, pois o tempo de incubação varia dependendo de fatores como o agente patogênico envolvido, a quantidade de microrganismos ingeridos e o estado de saúde geral do indivíduo, diz a doutora Marcella.

Nos casos mais leves, que tendem a durar pouco tempo e não causam desidratação, a doutora Deborah Beranger, endocrinologista com pós-graduação em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), explica que o tratamento consiste principalmente na hidratação oral e repouso. É importante também evitar alimentos que podem aumentar o quadro de diarreia, como aqueles ricos em gordura e leites e derivados, afirma a endocrinologista. Já em casos mais graves e persistentes, que duram por dias e são acompanhados de desidratação, vômitos, febre alta e diarreia acentuada, é fundamental buscar ajuda médica. Nesses casos pode ser necessária internação para administração de hidratação venosa, reposição de eletrólitos, principalmente sódio e potássio, e uso de medicamentos para melhorar o enjoo e a cólica intestinal. Normalmente, remédios para diarreia não são indicados, pois esses patógenos têm que ser eliminados do organismo, diz a médica.

E lavar o frango não é a única causa da intoxicação alimentar. Além da contaminação cruzada e da ingestão de alimentos contaminados por a bactérias, vírus, parasitas, toxinas e produtos químicos, a intoxicação alimentar também pode ser causada por fatores como consumo de água contaminada, armazenamento inadequado dos alimentos e falta de higiene pessoal durante o preparo, diz a doutora Marcella Garcez. Por isso, é importante adotar outras estratégias para prevenir o problema. Para prevenir a intoxicação alimentar, é importante consumir frutas, verduras e legumes frescos e higienizá-los bem, consumir somente água filtrada, sempre lavar as mãos antes de manipular os alimentos e saber a procedência dos alimentos, principalmente daqueles que serão consumidos crus. Tome muito cuidado também com a tábua de corte, pois é comum que elas fiquem contaminadas com bactérias, levando assim a contaminação cruzada, recomenda a doutora Deborah Beranger, que afirma que uma dúvida comum das pessoas é com relação ao ovo. É sempre importante guardar o ovo dentro da geladeira, nas prateleiras e não na porta, pois a oscilação de temperatura facilita a contaminação. Além disso, o ovo pode ser lavado, mas somente na hora do consumo, pois a umidade aumenta a chance de proliferação quando ele é guardado na geladeira após a higienização, completa a endocrinologista.

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