Ingresso.com
Anúncios

Mulheres ganham 18,1% a menos que homens no Maranhão, revela relatório

No Brasil, como um todo, mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens.

3–5 minutos
Anúncios
Mulheres ganham 18,1% a menos que homens no Maranhão, revela relatório
Anúncios

As mulheres ganham 18,1% a menos do que os homens no Maranhão. É o que aponta o primeiro Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o governo federal.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, no total, 619 empresas maranhenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 229,3 mil de empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No Maranhão, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 22,3%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, embora estejam em maior número no mercado de trabalho maranhense, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.461,32, a da não negra é de R$ 3.219,10. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.144,63 e os não negros, R$ 3.614,18.

O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

No caso do Maranhão, o relatório registrou que 63,7% das empresas possuem planos de cargos e salários; 30,7% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 27,1% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 20,1% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 13,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 18% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 3,2% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.

Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (11,8%) e auxílio-creche (10,6%).

Brasil

No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o Relatório de Transparência Salarial. No total, 49.587 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. Juntas, elas somam quase 17,7 milhões de empregados.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%.

Políticas de incentivo

O relatório registrou que, em todo o país, 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 20,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.

Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%).

Estados

Os dados mostram diferenças significativas por Unidade da Federação. O Estado do Piauí, por exemplo, tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres: elas recebem 6,3% a menos do que eles, em um universo de 323 empresas, que totalizam 96,81 mil ocupados. A remuneração média é de R$ 2.845,85.

Na sequência das UFs com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres aparecem Sergipe e Distrito Federal, com elas recebendo 7,1% e 8% menos do que os homens, respectivamente. Em Sergipe, a remuneração média é de R$ 2.975,77. No DF é a maior do país: R$ 6.326,24.

A maior desigualdade salarial no Brasil ocorre no Espírito Santo, onde as mulheres recebem 35,1% menos do que os homens. Na sequência dos Estados mais desiguais, aparecem Paraná (66,2%), Mato Grosso do Sul (67,4%) e Mato Grosso (68,6%).

São Paulo é o Estado com maior número de empresas participantes, um total de 16.536, e maior diversidade de situações. As mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens, praticamente espelhando a desigualdade média nacional. A remuneração média é de R$ 5.387.

Gostou do conteúdo? Leia outros destaques; contribua com o debate deixando seu comentário; acompanhe as atualizações pelo canal no WhatsApp; e siga os perfis nas principais redes sociais.

É jornalista ou assessor de imprensa e deseja ter seu conteúdo publicado pelo mauricioaraya.com? Saiba como entrar em contato e incluir dados no seu mailing.

Leia mais

Anúncios

Boletim

Receba notícias no seu e-mail

Editorias: ,
Anúncios

Sobre o autor