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Entre trapézios e ‘Bacabeirinhas’, obras unem (congestionamentos) opostos

Obras aumentaram congestionamentos no trânsito do Calhau, em São Luís, mas serviram para unir pensamentos de antagonistas.

1–2 minutos
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Entre trapézios e ‘Bacabeirinhas’, obras unem (congestionamentos) opostos
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Primeiro, a liberação do trânsito no viaduto Holandeses/Litorânea – o ‘Bacabeirinha‘, carinhosamente batizado pelos motoristas em referência a outra espetacular obra de engenharia no interior do Maranhão. Segundo, a liberação do trânsito no que vem sendo chamado de ‘trapézio do Calhau‘ – que vai substituir a antiga rotatória entre as avenidas dos Holandeses, Colares Moreira e Carlos Cunha. O resultado não podia ser outro: congestionamentos maiores do que os normalmente registrados na região do Calhau, em São Luís.

Promessas para um fluxo mais livre de trânsito, ambas as intervenções só serviram para aumentar o problema na região, e uniram, além das filas de veículos nos dois sentidos, apoiadores e opositores de seus respectivos ‘genitores’ em uma só voz: as intervenções de seus antagonistas viraram ‘inúteis‘; já aquelas de seus políticos de estimação dependem de mais tempo para serem bem compreendidas, já que foi ‘só o primeiro dia‘, como comentam nas redes sociais.

Em detalhes, viaduto não parece ter acabado de ser construído (Foto: Handson Chagas/Governo do Maranhão)

As duas repetem o mesmo modelo de intervenção do trânsito na capital maranhense: desperdiçam verbas públicas; são criadas com aparência de já envelhecidas; não apostam no alargamento de faixas; priorizam carros; desconsideram fluxo de veículos pesados, como ônibus e caminhões; ciclovias e ciclofaixas, então, nem pensar. ‘Mobilidade urbana‘ acaba virando somente um título para uma nova secretaria. Em resumo: tentam resolver os desafios do crescimento urbano com um olhar para o passado, e não para o futuro.

O próximo passo para resolver os problemas criados por essas intervenções não é difícil de prever: semáforos, para atravancar ainda mais o deslocamento da população nos horários de pico.

A médio prazo, os próximos gestores seguirão etapas já conhecidas: assumem seus cargos; farão estudos de viabilidade que vão durar aproximadamente três anos; e, no último ano do mandato, vão executar obras, às pressas, simplesmente para destruir as marcas de seus antecessores – como VLTs e BRTs que eram para ser, mas acabaram nunca sendo. E seus sucessores vão repetir o ciclo. Simples assim.

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