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No Nordeste, 71% dos esportistas não contaram com nenhum incentivo financeiro na infância, aponta Serasa

Falta de incentivos financeiros foi realidade para 71% dos esportistas da região.

2–3 minutos
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  • 43% dos nordestinos sonhavam em se tornar atleta profissional;
  • De modo geral, 1 em cada dez pessoas que almejam virar atletas conseguem uma chance, mas apenas 20% seguem na profissão;
  • Dentre as camadas sociais, no Brasil as classes D e E são as que mais almejaram a carreira esportiva profissional (46%);
  • No Nordeste, 68% entendem que ter acesso a crédito é essencial para os atletas conseguirem apoio financeiro para a prática do esporte.

Em um país que carrega medalhas, troféus e pódios, crianças e jovens com potencial esportivo são obrigados a interromper o sonho de seguir os passos de seus ídolos. A realidade das suas famílias muitas vezes faz com que a corrida desses talentos se encerre antes da linha de chegada, como mostra pesquisa inédita produzida pela Serasa. Entre as barreiras enfrentadas, a falta de incentivos financeiros foi realidade para 71% dos esportistas do Nordeste que praticaram esportes na infância.

A pesquisa Esportes para todos? O impacto do dinheiro na formação de atletas no Brasil, realizada pela Serasa em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box, mostrou que 43% dos nordestinos tinham o sonho de ser um atleta profissional, porém, apenas 10% deles chegaram a concretizá-lo. Mesmo assim, após enfrentar os obstáculos necessários para iniciar a sua carreira, só 20% conseguem de fato se manter nesta profissão.

Dos mais de 2 mil entrevistados – em julho de 2024 – em todo o Brasil, 56% dos homens e 30% das mulheres já sonharam em seguir a jornada de um atleta profissional. No Nordeste, 57% dos homens e 32% das mulheres tinham o sonho de ser atletas. “Ao analisar o perfil de quem desejava seguir com o esporte, é possível enxergar as dificuldades enfrentadas relacionadas a desigualdade de gênero”, aponta Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Com menos incentivo às mulheres nesse segmento, o percentual acaba sendo menor. Felizmente, nos últimos anos, temos visto ainda mais exemplos entre atletas femininas que podem inspirar novas esportistas”.

Dentre as camadas sociais, 46% das classes D e E almejaram a carreira esportiva profissional – maior percentual em relação às classes AB e C. “O esporte, muitas vezes, é associado a um sonho e a transformação da vida financeira entre pessoas em situação mais vulnerável financeiramente. Pode ser uma fonte de garantir novas oportunidades não só para quem pratica, mas para toda a sua família”, explica Patrícia.

Os principais obstáculos

Entre os nordestinos que se tornaram atletas profissionais, o foco nos estudos aparece como o principal desafio para o deslanche na carreira para 47% dos entrevistados, seguido por questões financeiras, como ter que trabalhar (40%), falta de incentivos financeiros (35%) e falta de dinheiro (25%).

O peso no bolso do atleta e a superação

Os gastos com roupas, materiais esportivos, transporte/deslocamento e mensalidade são a realidade de 70% dos atletas nordestinos. Para 4 em cada 5, os gastos consumiam até 10% da renda familiar mensal, que também deveriam suprir as demandas de outras contas essenciais do dia a dia.

Para 81% dos entrevistados da região Nordeste, a superação de inúmeras dificuldades é um fator inerente à realidade dos atletas brasileiros para alcançar a carreira profissional. Como uma das alternativas para mudar o cenário, 68% entendem que ter acesso a crédito é essencial para os atletas conseguirem apoio financeiro para a prática do esporte.

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