Estudantes da rede pública de ensino de São Luís terão a oportunidade de vivenciar o universo da cultura indígena e cabocla com as atividades do Circuito Areté – Tempo de Festa, projeto gratuito que apresenta a cultura e arte pindorâmica e cabocla como forma de salvaguardar a memória dos povos originários brasileiros, em especial da região Nordeste.
O Circuito Areté – Tempo de Festa é uma realização do Aldeia Coletivo, em parceria com a Giro Planejamento Cultural. O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, no Programa Petrobras Cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.
Nos dias 13 e 14 de novembro, o evento realiza vivências indígenas nas escolas CE Liceu Maranhense, Iema Pleno Centro, Ifma Monte Castelo, CE Benedito Leite – Escola Modelo e CE Sotero dos Reis. As atividades são exclusivas para os estudantes de cada escola. A expectativa é contar com a participação de pelo menos 2,5 mil estudantes.




A programação inclui rodas de cantos e danças, troca de saberes, pintura corporal, feira de artesanato indígena, bate-papo sobre a importância da preservação ao meio ambiente e a apresentação do espetáculo cênico-musical Ybytu-Emi, que recebeu três indicações ao Prêmio Caymmi de Música 2017 e foi finalista no Festival Rádio Educadora FM 2021.
Composto por canções que fazem parte do álbum Ybytu-Emi, O tempo e o vento, do Aldeia Coletivo, o espetáculo é permeado por intervenções cênicas que contemplam as culturas indígena, afro e nordestina. É um espetáculo que debate a cultura Cabocla como síntese da formação cultural do povo brasileiro, de uma nação plural e diversa.
“ O circuito apresenta a simbologia, a cênica e a musicalidade dos povos indígenas e caboclos por meio da arte, como forma de conectar diversos públicos, o que colabora com a preservação desse legado da cultura brasileira. Levar esse projeto para as escolas é uma forma de democratizar o acesso a esses saberes de forma mais efetiva para que a gente consiga ultrapassar as barreiras do preconceito e da desinformação por parte da sociedade, apresentando a história, beleza e riqueza das heranças ancestrais, que ainda hoje encontram dificuldades para serem difundidas e valorizadas”
Luiz Guimarães – o Caboclo de Cobre -, multi artista e pesquisador do Aldeia Coletivo
Circuito Areté – Tempo de Festa
O projeto celebra 10 anos de resistência e dedicação do Aldeia Coletivo ao estudo do universo Pindorâmico e Caboclo e visa lançar para a sociedade um olhar de reparação social, patrimonial, histórica e ambiental, movimentando a economia criativa ao conectar dois coletivos artísticos – o Coletivo Aldeia e o Wetçamy – a comunidades tradicionais, artistas, pesquisadores e escolas.
Após as atividades nas escolas, será a vez da programação artística e cultural, nos dias 14, 15 e 16 de novembro, com apresentação dos espetáculos infanto-juvenis Pindorama, Antes de Chamar Brasil e Ypupyara, que ocorrem no Laborarte; e o show da banda Cabokaji com as participações do Cacique Idyarrury e Guerreiro Idyarony (Coletivo Wetçamy), além de artistas locais convidados, nos espaços do Reocupa e Tebas Café.
De cunho artístico, o Circuito Areté – Tempo de Festa estimula a difusão das artes a partir de uma cosmovisão indígena e cabocla. As ações do projeto visam reconhecer a importância do protagonismo indígena no processo educacional cultural como forma de quebrar estereótipos sobre os povos que compõem o Brasil.


