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Operação Potiguar lança VS-30 com sucesso, e reativa atividades suborbitais a partir do RN

Produzido pelo IAE, veículo de sondagem foi enviado, com sucesso, ao espaço, a partir do CLBI

2–3 minutos
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Operação Potiguar lança VS-30 com sucesso, e reativa atividades suborbitais a partir do RN
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A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou com sucesso, nesta sexta-feira, 29 de novembro, o foguete de sondagem suborbital VS-30, com tecnologia 100% nacional, finalizando a primeira fase da Operação Potiguar. A missão reativou esse tipo de operação no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), com treinamento das equipes e verificação de equipamentos e processos envolvidos na atividade.

Lançado às 13h19, o foguete cumpriu a trajetória prevista pelos técnicos e engenheiros da operação, com os sistemas de telemetria e resposta radar funcionando corretamente durante todo o voo. O veículo de sondagem ficou no espaço por 2 minutos e 50 segundos, sendo que a missão completa durou 5 minutos e 50 segundos.

De acordo com o diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), tenente-brigadeiro do ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, com a iniciativa, busca-se maior autonomia para o Brasil em eventos de lançamento deste tipo de veículo.

Estamos quebrando paradigmas e criando novas perspectivas para o futuro. Temos um Complexo Espacial e, com o lançamento deste foguete, demonstramos que a Barreira do Inferno tem total condição de fazer tais eventos

Subordinado ao DCTA, o CLBI já realizou mais de 3 mil lançamentos, divididos em 655 operações. Além disso, cumpriu 265 eventos de rastreio de veículos espaciais.

Com o advento da Alada, empresa pública que fará a governança de boa parte dos lançamentos comerciais, não tenho dúvida que faltarão espaços como este no Brasil

Tenente-brigadeiro do ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, diretor-geral do DCTA

Na segunda fase da Operação Potiguar, programada para o segundo semestre de 2025, o CLBI vai usar outro foguete de mesmo modelo para qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como plataforma suborbital de microgravidade (PSM). Essa parte é composta por um compartimento para experimentos e diversos sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil.

Desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o foguete de sondagem não atinge capacidade para entrar em órbita, mas que ultrapassam a atmosfera, sendo utilizados em experimentos científicos e tecnológicos. Nesta missão, o VS-30 levou cerca de mil cartas escritas por estudantes de alunos de quatro cidades próximas ao CLBI – Natal, Parnamirim, São José de Mipibú e João Câmara.

Segundo o coordenador da Operação Potiguar, tenente-coronel engenheiro Fernando César Monteiro Tavares, os experimentos são variados. Um exemplo da aplicação é a resina utilizada na odontologia para restaurar dentes danificados ou desgastados.

Esta resina voou ao espaço em um foguete semelhante. Foi feita uma cristalização em microgravidade para, hoje, ser usada em todo o mundo

O coordenador da operação ainda ressalta que pesquisas tecnológicas na área aeroespacial servem como locomotivas para o programa científico brasileiro. “O espaço é nossa fronteira do conhecimento”, enfatiza.

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