De 21 a 24 de maio, São Luís recebe a primeira edição da Mostra de Cinema Documental (MIRA), um evento inteiramente dedicado ao cinema documental brasileiro. Com o tema Territórios Imaginários, a mostra propõe uma imersão em formas diversas de narrar memórias, imaginar mundos e construir novas possibilidades de criação e diálogo entre realizadores e o público. As atividades, com entrada gratuita – processo formativos sujeitos à inscrição e seleção -, ocorrem no Casarão Sesi, Sesc Deodoro e Chão SLZ, no Centro da capital maranhense.
Com curadoria de Cadu Marques, Edileuza Penha e Pablo Monteiro, a MIRA nasce como um espaço de encontro, formação e troca de saberes, reunindo realizadores, pesquisadores, educadores e espectadores em torno do cinema como ferramenta de transformação e escuta coletiva. Ao protagonizar a produção documental maranhense e refletir sobre o papel do audiovisual na criação de territórios simbólicos, o festival amplia o campo das narrativas e celebra a pluralidade de olhares.



A Curadoria das Sessões, busca um olhar sensível sobre o que significa habitar, ocupar e reinventar territórios. Territórios Imaginários convida o público a refletir sobre a relação entre os espaços que habitamos e os rastros que deixamos. Por meio dessa seleção, queremos transformar a mostra em um ponto de encontro para reflexões e diálogos sobre como ocupamos e imaginamos nossos territórios, incentivando o público a reavaliar sua relação com o espaço e suas tradições. Buscamos construir uma ponte que nos leva de onde estamos para onde imaginamos poder estar.
Programação diversa e formativa
Durante os quatro dias de evento, o público poderá acompanhar oito sessões de exibição, incluindo sessões voltadas ao público infantil, além de quatro oficinas, duas masterclasses, um bate-papo e duas mesas de debate. Cada atividade foi cuidadosamente pensada para fortalecer as redes de produção audiovisual, promover a formação de novos públicos e fomentar o pensamento crítico sobre o cinema e seus contextos.
Homenagens a grandes nomes do audiovisual
A MIRA também se dedica a reconhecer e celebrar trajetórias marcantes da cultura brasileira. Nesta edição, os homenageados são Edileuza Penha, do Distrito Federal, professora, documentarista e pesquisadora, diretora do premiado Filhas de Lavadeiras e idealizadora da Mostra de Cinema Negro Adélia Sampaio. Sua atuação é voltada para a educação étnico-racial e o cinema. Outro homenageado é Lázaro Roberto, da Bahia, fotógrafo e arte-educador conhecido como Lente Negra. Cofundador do Zumví Arquivo Fotográfico, ele registra manifestações de resistência e religiosidade afro- brasileira desde os Anos 1970. Em 2024, integrou a 35a Bienal de São Paulo com o acervo do Zumví.
Compromisso com a acessibilidade
A acessibilidade é um valor central da mostra. Toda a programação contará com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e legendagem para surdos e ensurdecidos, garantindo que o festival seja uma experiência acolhedora e inclusiva para todos os públicos.
Mais do que uma mostra, um convite à imaginação coletiva
A MIRA se afirma como um gesto de afeto, escuta e criação coletiva. Um convite para imaginar, sentir e narrar os territórios que habitamos – reais ou inventados – por meio da força do cinema documental.
A MIRA é uma realização da Bicho D’Água Filmes e da Cia Chão de Cozinha, com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc), Casarão Sesi e Chão SLZ. O projeto é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo, no âmbito do Município de São Luís, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), e do Ministério da Cultura – Governo Federal.



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