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Registro de telescópio mostra restos de estrela destruídos por dupla explosão

Descoberta revela algumas das explosões mais importantes do Universo sob uma nova luz

2–3 minutos
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Registro de telescópio mostra restos de estrela destruídos por dupla explosão
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Pela primeira vez, astrônomos obtiveram evidências visuais de que uma estrela chegou ao fim ao detonar-se duas vezes. Ao estudar os restos centenários da supernova SNR 0509-67.5 com o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), eles encontraram padrões que confirmam que sua estrela sofreu um par de explosões. A descoberta, publicada pela revista científica Nature Astronomy, revela algumas das explosões mais importantes do Universo sob uma nova luz.

A maioria das supernovas são mortes explosivas de estrelas massivas, mas uma variedade importante vem de uma fonte modesta. Anãs brancas, os pequenos núcleos inativos que sobram depois que estrelas como o nosso Sol queimam seu combustível nuclear, podem produzir o que os astrônomos chamam de supernova tipo Ia (lê-se ‘tipo um-A’.

Grande parte do conhecimento humano sobre a expansão do Universo se baseia em supernovas do tipo Ia, e elas também são a principal fonte de ferro em nosso planeta, incluindo o ferro em nosso sangue.

As explosões de anãs brancas desempenham um papel crucial na astronomia. No entanto, apesar de sua importância, o antigo enigma do mecanismo exato que desencadeia sua explosão permanece sem solução

Priyam Das, doutorando na Universidade de Nova Gales do Sul, em Canberra, Austrália, líder do estudo

Todos os modelos que explicam supernovas do tipo Ia começam com uma anã branca em um par de estrelas. Se ela orbitar perto o suficiente da outra estrela desse par, a anã pode roubar material de sua parceira. Na teoria mais consolidada por trás das supernovas do tipo Ia, a anã branca acumula matéria de sua companheira até atingir uma massa crítica, momento em que sofre uma única explosão. No entanto, estudos recentes sugeriram que pelo menos algumas supernovas do tipo Ia poderiam ser melhor explicadas por uma explosão dupla desencadeada antes que a estrela atingisse essa massa crítica.

Agora, astrônomos capturaram uma nova imagem que comprova que seu palpite estava certo: pelo menos algumas supernovas do tipo Ia explodem por meio de um mecanismo de ‘detonação dupla’. Nesse modelo alternativo, a anã branca forma uma camada de hélio roubado ao seu redor, que pode se tornar instável e entrar em ignição. Essa primeira explosão gera uma onda de choque que se propaga ao redor da anã branca e para dentro, desencadeando uma segunda detonação no núcleo da estrela – criando, por fim, a supernova.

Até agora, não havia nenhuma evidência visual clara de uma anã branca sofrendo uma dupla detonação. Recentemente, astrônomos previram que esse processo criaria um padrão distinto ou uma impressão digital nos restos ainda brilhantes da supernova, visível muito tempo após a explosão inicial. Pesquisas sugerem que os restos de tal supernova conteriam duas camadas separadas de cálcio.

Astrônomos encontraram, agora, essa ‘impressão digital’ nos restos de uma supernova.

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